Especialistas do Hospital Paulista destacam a importância da audiometria como medida preventiva ao desenvolvimento de problemas relacionados à audição.

A população acima dos 60 anos está crescendo rapidamente e, atualmente, apresenta um perfil muito diferente do que há algumas décadas. Além de serem mais longevas, essas pessoas são muito mais ativas, seja no trabalho, nas atividades físicas ou nas relações sociais, como família, amigos e até namorados.

No entanto, toda essa vitalidade pode desviar a atenção de problemas comuns nesta fase da vida, que muitas vezes passam despercebidos. Um desses problemas é a perda auditiva, que é bastante recorrente a partir dos 60 anos e pode trazer sérios riscos à qualidade de vida.

De acordo com a fonoaudióloga do Hospital Paulista, Christiane Nicodemo, mestre em distúrbios da comunicação e linguagem, especializada em cuidados integrativos e em reabilitação auditiva, é ideal que as pessoas comecem a se prevenir quanto à perda auditiva o quanto antes. “A audiometria é um exame de suma importância e deve ser incorporado à rotina das pessoas a partir dos 40 anos. É a melhor forma de prevenção à perda auditiva”, destaca a especialista. Ela lembra que é muito difícil perceber o problema por conta própria, por isso a avaliação médica rotineira é tão importante.

“Geralmente, são as pessoas ao nosso redor que começam a perceber a perda auditiva, justamente pela dificuldade de interação que se manifesta quando a deficiência já está avançada. A perda da audição interfere diretamente na nossa capacidade de comunicação, estimulando o isolamento social, que pode levar a problemas como depressão e, até mesmo, Alzheimer, conforme apontam vários estudos.”

Perfis que Merecem Maior Atenção

A Dra. Bruna Assis, otorrinolaringologista do Hospital Paulista, acrescenta que há perfis que devem ter maior atenção quanto à perda de audição. “Estudos apontam que pessoas acima de 60 anos que têm doenças crônicas, como diabetes, pressão alta, apneia do sono, entre outras comorbidades, podem ter uma maior predisposição à perda auditiva”, alerta.

Além disso, a especialista lembra que hábitos pouco recomendáveis, como tabagismo, consumo regular de álcool, uso excessivo de fones de ouvido e exposição a sons de alta intensidade, também são fatores que podem contribuir para o problema.

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